(João 13:1 – 17)
Alguns homens que se dizem seguidores de Cristo, têm gasto seu tempo em aprender técnicas de como “arrecadar recursos para a obra” e “como falar bem em público”.
Gazofilácio, microfones, plataformas, estruturas. Como manejá-los bem e como obter sucesso ministerial a partir deles.
E o mestre pretendia que eles soubessem usar bem só duas ferramentas: a bacia e a toalha.
Mais do que olhar nos olhos e saber persuadir com palavras, Ele olhava nos pés e os queria lavar, sem dizer nada. Mais do que detectar as falhas e as julgar, Ele tocava em cada machucado, os limpava e ninguém mais precisava saber daquilo. Mais do que a abundancia de bens e a carreira bem sucedida, Ele buscava ser aprovado na escola de servo. Mesmo sabendo quem o havia de trair, Ele lavou seus pés, numa atitude de rendição, como quem já se preparava para o maior dos sacrifícios.
Os pés de um caminhante dizem muito sobre ele. Literalmente, eles falam sobre o que ele passou. Se ele se feriu nas pedras, lá estarão as cicatrizes. Se ele correu durante o temporal, as bolhas também estarão lá. Se os pés estão marcados da sandália é sinal que o sol estava quente.
Nada fica oculto a Deus, e nada fica oculto aos olhos de quem se rebaixa e encara os pés do pecador de frente e diz: “Meu querido, eu sei pelo que passou, sei o tanto de pecado que pesam o seu caminhar. Sei que a aparência e o cheiro dos seus pés te incomodam, pois isso é atrativo para os críticos que veem só por fora e ao te julgar, tornam o teu caminhar mais difícil. Mas eu vou lavar seus pés cansados com água fresca. Se houverem feridas eu vou passar do meu bálsamo e tudo vai ficar bem. Em troca? Só preciso que você faça o mesmo pelo seu irmão. Você pode? Seu chamado é esse e ainda que chamem de trabalho sujo, não se importe. A sua humildade, além de me adorar, vai deixar um legado que os orgulhosos que fazem o serviço limpo nunca terão.”
(Texto de Lê Monteschio, retirado do site: www.naomordamaca.com )
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